Três jovens são detidos por tráfico de drogas em
Taubaté, SP
Ocorrências aconteceram nos bairros Parque Ipanema e Água Quente.
Dois adolescentes foram liberados após serem levados para a delegacia.
Três jovens, sendo dois adolescentes, foram detidos por tráfico de drogas na noite de quinta-feira (20) em Taubaté. As ocorrências foram registradas nos bairros Parque Ipanema e Água Quente.
Na primeira ocorrência, por volta das 19h, um adolescente de 17 anos foi detido após ser flagrado vendendo drogas no Parque Ipanema. Policiais em patrulhamento desconfiaram de dois homens que estavam conversando em uma esquina e ao se aproximarem um dos suspeitos fugiu em um carro. Na abordagem, a polícia encontrou uma quantia em dinheiro, 55 pedras de crack e 55 pinos de cocaína. Segundo a PM, o adolescente tem passagens por furto e tráfico. Ele foi levado para a delegacia, mas foi liberado.
Na primeira ocorrência, por volta das 19h, um adolescente de 17 anos foi detido após ser flagrado vendendo drogas no Parque Ipanema. Policiais em patrulhamento desconfiaram de dois homens que estavam conversando em uma esquina e ao se aproximarem um dos suspeitos fugiu em um carro. Na abordagem, a polícia encontrou uma quantia em dinheiro, 55 pedras de crack e 55 pinos de cocaína. Segundo a PM, o adolescente tem passagens por furto e tráfico. Ele foi levado para a delegacia, mas foi liberado.
Por volta das 21h30, um jovem de 18 anos e outro de 17 foram flagrados com drogas no bairro Água Quente. Com eles, os policiais encontraram 54 porções de maconha, quatro pinos de cocaína, balança de precisão, material para embalar droga, seis munições calibre 38 e R$ 425. Os dois foram levados para a delegacia e o suspeito de 18 anos foi indiciado por tráfico de drogas. Ele foi levado para a cadeia de Guaratinguetá e o adolescente foi liberado.
Prisão de procurado
Um homem que era foragido da Justiça foi preso durante a noite no bairro Cecap 3 em Taubaté. Segundo a PM, o homem foi abordado durante patrulhamento pelo bairro e após a consulta com os dados dele foi constatado que era procurado por roubo a um comércio. Ele foi detido e encaminhado à cadeia de Guaratinguetá.
Um homem que era foragido da Justiça foi preso durante a noite no bairro Cecap 3 em Taubaté. Segundo a PM, o homem foi abordado durante patrulhamento pelo bairro e após a consulta com os dados dele foi constatado que era procurado por roubo a um comércio. Ele foi detido e encaminhado à cadeia de Guaratinguetá.
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Motorista é preso após forjar roubo de carne em
Pindamonhangaba, SP
Ele vendeu mercadoria e mentiu que tinha sido assaltado, diz polícia.
Também foram detidos dois comerciantes que compraram a carne roubada.Um motorista de caminhão que transportava carne foi preso na noite desta quinta-feira(14) após forjar o roubo da mercadoria em Pindamonhangaba (SP). De acordo com a Polícia Civil, ele teria vendido o produto e registrado boletim de ocorrência como se houvesse sido roubado.
Segundo a polícia, o suspeito realizava o transporte para uma empresa entre São Paulo,Taubaté e Pindamonhangaba, quando se apropriou da mercadoria, avaliada em cerca de R$ 32 mil. Em Pinda, o condutor revendeu parte da carne ao dono de um supermercado no bairro Cidade Nova pelo valor de R$ 15 mil. Por volta das 22h, o suspeito registrou um boletim de ocorrência em Taubaté como se houvesse sido roubado.
saiba mais
A polícia informou que o ele disse em depoimento que havia sido roubado no caminho e não sabia onde estaria a mercadoria. Após realizar buscas, policiais conseguiram identificar que o caminhão havia permanecido em Pinda, e o suspeito acabou confessando que havia revendido a carne e forjado o roubo.
Segundo a polícia, a intenção do homem era lucrar com a venda, para que a empresa conseguisse o ressarcimento pela seguradora. Policiais apreenderam parte da carne emPindamonhangaba e em uma filial do supermercado em Taubaté. Ao fazer buscas na cabine do caminhão, os policiais também encontraram nove peças de picanha e uma quantia de R$ 5 mil, escondida no porta-luvas do veículo.
O motorista do caminhão foi preso por furto e falsa comunicação de crime. O proprietário e o gerente do supermercado, que fizeram a compra da carne, foram presos por receptação. Segundo a polícia, eles estavam cientes que estavam comprando uma mercadoria roubada.
A polícia informou que o dono do supermercado já tinha passagem por porte ilegal de armas. O caso foi acompanhado durante a madrugada pelos 2º e 3º Distritos Policiais de Taubaté. Os três suspeitos foram encaminhados para a cadeia de Guaratinguetá.
Segundo a polícia, a intenção do homem era lucrar com a venda, para que a empresa conseguisse o ressarcimento pela seguradora. Policiais apreenderam parte da carne emPindamonhangaba e em uma filial do supermercado em Taubaté. Ao fazer buscas na cabine do caminhão, os policiais também encontraram nove peças de picanha e uma quantia de R$ 5 mil, escondida no porta-luvas do veículo.
O motorista do caminhão foi preso por furto e falsa comunicação de crime. O proprietário e o gerente do supermercado, que fizeram a compra da carne, foram presos por receptação. Segundo a polícia, eles estavam cientes que estavam comprando uma mercadoria roubada.
A polícia informou que o dono do supermercado já tinha passagem por porte ilegal de armas. O caso foi acompanhado durante a madrugada pelos 2º e 3º Distritos Policiais de Taubaté. Os três suspeitos foram encaminhados para a cadeia de Guaratinguetá.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
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21 de Março de 2014 - 11:04
MORTE-SP: Corpo do ex-zagueiro Bellini será enterrado amanhã em Itapira
 | ||
| Bellini em 2008 | ||
| Informações pessoais | ||
|---|---|---|
| Nome completo | Hilderaldo Luís Bellini | |
| Data de nasc. | 7 de junho de 1930 | |
| Local de nasc. | Itapira (SP), Brasil | |
| Falecido em | 20 de março de 2014 (83 anos) | |
| Altura | 1,82 m | |
| Informações profissionais | ||
| Posição | Zagueiro-central | |
| Clubes de juventude | ||
| 1946–1948 1949–1951 |  Itapirense Sanjoanense | |
| Clubes profissionais | ||
| Anos | Clubes | Jogos (golos/gols) |
| 1952–1961 1962–1967 1968–1969 | Vasco da Gama São Paulo Atlético Paranaense | 430 205 (1) |
| Seleção nacional | ||
| 1957–1966 |  Brasil | 51 (0) |
Hilderaldo Luís Bellini (Itapira, 7 de junho de 1930 - São Paulo, 20 de março de 20141 ) foi um futebolista
Capitão da seleção brasileira campeã mundial em 1958 e reserva na equipe do título da Copa de 1962, o ex-jogador morreu ontem em São Paulo.
Bellini será velado hoje, no salão nobre do estádio do Morumbi, até as 15h. Logo depois, o corpo do ex-jogador será levado para Itapira, onde continuará sendo velado até o início da manhã de amanhã, no ginásio Itapirão.
Bellini estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Nove de Julho, em São Paulo. Ele sofria há mais de dez anos de Mal de Alzheimer.
No mês passado, após ficar hospitalizado por 60 dias, passou a receber acompanhamento médico em casa. O quadro da doença piorou gradativamente e, há cerca de três anos, o ex-zagueiro perdeu a fala.
O ex-atleta iniciou sua carreira no Itapirense, de Itapira (SP), e se tornou famoso no Vasco, onde chegou em 1952 e jogou até 1961.
Ele acabou sendo o responsável em criar o famoso gesto de levantar a taça de campeão. Segundo relatou, o gesto foi feito para ajudar os fotógrafos conforme explica o colunista da Folha de S.Paulo Juca Kfouri.
O ato acabou virando universal e repetido, entre outros, por todos os capitães brasileiros nas conquistas de 1962, 1970, 1994 e 2002.
SÃO PAULO, (Folhapress)
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21 DE MARÇO DE 2014 - 20:56
AVIÃO-ÁSIA
Jornal transcreve comunicação de pilotos
- O jornal britânico "The Daily Telegraph" publicou hoje em seu site uma transcrição dos últimos 54 minutos de conversa do piloto e do copiloto do voo MH370 da Malaysia Airlines com a torre de controle no aeroporto de Kuala Lumpur (Malásia) -de onde o voo saiu em direção a Pequim (China)- e com o controle de tráfego aéreo.
O voo, com 239 pessoas a bordo, sumiu dos radares civis menos de uma hora após a decolagem e está desaparecido desde o dia 8 de março.
Hoje, mais um dia de buscas envolvendo aviões militares e navios de vários países no oceano Índico terminou sem que vestígios da aeronave fossem encontrados.
A transcrição mostra o piloto Zaharie Ahmad Shah, 53, e seu copiloto Fariq Abdul Hamid, 27, em comunicação rotineira com a torre e o tráfego aéreo: o avião é autorizado a decolar de Kuala Lumpur e, depois, o controle de tráfego pede que mude de altitude. A última fala antes do desaparecimento é o "tudo bem, boa noite" do copiloto.
Embora a comunicação transcrita seja de rotina, os especialistas ouvidos pelo "Daily Telegraph" apontaram dois "eventos não usuais".
O primeiro é o fato de os pilotos terem mandado a "mensagem desnecessária" de que a aeronave estava a 35 mil pés, apenas seis minutos depois de, na conversa com o controle de tráfego, essa altitude já ter sido registrada.
Isso poderia ser uma mensagem cifrada do piloto de que algo estava errado.
Foi logo depois do envio dessa mensagem que o sistema de comunicação do voo, conhecido como Acars (na sigla em inglês), ficou fora do ar por 30 minutos --de modo possivelmente deliberado, segundo os investigadores. Isso teria acontecido antes do "boa noite" do copiloto.
O outro evento não usual é que a queda do sistema de comunicação e a mudança de rota para oeste parecem ter acontecido no instante em que o controle de tráfego responsável pelo avião era passado de Kuala Lumpur para Ho Chi Minh, no Vietnã.
"Se eu fosse sequestrar o avião, esse seria o exato momento de fazê-lo", disse ao "Telegraph" Stephen Buzdygan, piloto aposentado da British Airways experiente em conduzir Boeing-777, modelo do avião desaparecido.
A equipe internacional que busca o avião no sul do Índico terminou a sexta-feira sem novidades. Hoje, aviões e navios também retomaram as buscas no mar de Andaman, entre Índia e Tailândia, em áreas já exaustivamente vasculhadas desde o desaparecimento do Boeing-777.
Desde quinta, quando dois objetos que flutuavam numa remota área do sul do Índico foram considerados pista factível pelo governo da Malásia, aeronaves de Austrália, Nova Zelândia e EUA concentram as buscas no local, cerca de 2.500 km a sudoeste da cidade australiana de Perth.
"Algo que estava flutuando no mar há tanto tempo pode não estar mais flutuando", disse hoje o vice-premiê australiano, Warren Truss. "Pode ter ido para o fundo."
Mas as buscas continuam e terão reforços da China e do Japão neste fim de semana.
Hoje, o Pentágono informou que os EUA já gastaram US$ 2,5 milhões na procura.
- O jornal britânico "The Daily Telegraph" publicou hoje em seu site uma transcrição dos últimos 54 minutos de conversa do piloto e do copiloto do voo MH370 da Malaysia Airlines com a torre de controle no aeroporto de Kuala Lumpur (Malásia) -de onde o voo saiu em direção a Pequim (China)- e com o controle de tráfego aéreo.
O voo, com 239 pessoas a bordo, sumiu dos radares civis menos de uma hora após a decolagem e está desaparecido desde o dia 8 de março.
Hoje, mais um dia de buscas envolvendo aviões militares e navios de vários países no oceano Índico terminou sem que vestígios da aeronave fossem encontrados.
A transcrição mostra o piloto Zaharie Ahmad Shah, 53, e seu copiloto Fariq Abdul Hamid, 27, em comunicação rotineira com a torre e o tráfego aéreo: o avião é autorizado a decolar de Kuala Lumpur e, depois, o controle de tráfego pede que mude de altitude. A última fala antes do desaparecimento é o "tudo bem, boa noite" do copiloto.
Embora a comunicação transcrita seja de rotina, os especialistas ouvidos pelo "Daily Telegraph" apontaram dois "eventos não usuais".
O primeiro é o fato de os pilotos terem mandado a "mensagem desnecessária" de que a aeronave estava a 35 mil pés, apenas seis minutos depois de, na conversa com o controle de tráfego, essa altitude já ter sido registrada.
Isso poderia ser uma mensagem cifrada do piloto de que algo estava errado.
Foi logo depois do envio dessa mensagem que o sistema de comunicação do voo, conhecido como Acars (na sigla em inglês), ficou fora do ar por 30 minutos --de modo possivelmente deliberado, segundo os investigadores. Isso teria acontecido antes do "boa noite" do copiloto.
O outro evento não usual é que a queda do sistema de comunicação e a mudança de rota para oeste parecem ter acontecido no instante em que o controle de tráfego responsável pelo avião era passado de Kuala Lumpur para Ho Chi Minh, no Vietnã.
"Se eu fosse sequestrar o avião, esse seria o exato momento de fazê-lo", disse ao "Telegraph" Stephen Buzdygan, piloto aposentado da British Airways experiente em conduzir Boeing-777, modelo do avião desaparecido.
A equipe internacional que busca o avião no sul do Índico terminou a sexta-feira sem novidades. Hoje, aviões e navios também retomaram as buscas no mar de Andaman, entre Índia e Tailândia, em áreas já exaustivamente vasculhadas desde o desaparecimento do Boeing-777.
Desde quinta, quando dois objetos que flutuavam numa remota área do sul do Índico foram considerados pista factível pelo governo da Malásia, aeronaves de Austrália, Nova Zelândia e EUA concentram as buscas no local, cerca de 2.500 km a sudoeste da cidade australiana de Perth.
"Algo que estava flutuando no mar há tanto tempo pode não estar mais flutuando", disse hoje o vice-premiê australiano, Warren Truss. "Pode ter ido para o fundo."
Mas as buscas continuam e terão reforços da China e do Japão neste fim de semana.
Hoje, o Pentágono informou que os EUA já gastaram US$ 2,5 milhões na procura.
SÃO PAULO, SP, (Folhapress)
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PM liderava quadrilha de roubo de cargas no Vale
Acusado se apresentou ontem em Jacareí e foi encaminhado ao presídio Romão Gomes, na capital
Uma quadrilha especializada em roubo de cargas liderada por um sargento da Polícia Militar foi desbaratada em Jacareí. O policial se apresentou ontem alegando inocência. Ele foi preso e levado ao presídio Romão Gomes, na capital.
As investigações foram coordenadas pela Delegacia Seccional de Jacareí, que concluiu ontem inquérito sobre o caso.
A quadrilha seria formada por ao menos cinco pessoas. O grupo roubava carga de caminhões com carne e cerveja nas imediações da empresa Ambev, em Jacareí.
Em cumprimento de mandados de prisões temporárias realizado na última quarta-feira, também foram presos outros dois integrantes do grupo: um deles é ex-policial militar e foi expulso da corporação no ano passado. O quarto integrante já havia sido preso no ano passado, por roubo em Santa Isabel. Um quinto integrante do bando está com mandado de prisão temporária decretado, mas ainda não foi localizado. Será encaminhado à Justiça o pedido de prisão preventiva de todos os integrantes do grupo.
Investigação. Segundo o delegado seccional de Jacareí, Talis Prado Pinto, a carga roubada serviria para abastecer estabelecimentos comerciais instalados em nome dos familiares dos acusados. “Eles roubavam a carga fracionada: abordavam o motorista do caminhão e levavam apenas uma parte da mercadoria”, afirmou o delegado.
Reconhecimento. Para Prado Pinto, a apresentação do PM ontem foi uma manobra para evitar o reconhecimento das vítimas.
“Na quarta-feira, as vítimas estavam aqui e reconheceram o outro policial [o que foi expulso da PM em 2013 e preso anteontem]. Já o sargento, não encontrado naquele dia, acabou não passando pela verificação. O inquérito está concluso”.
O sargento, que chegou a ser procurado em sua casa na quarta-feira, não foi encontrado naquele dia porque se mudou. “Tivemos informações de que ele teria se mudado, ainda nesta semana”, disse o delegado. Ouvidos, nenhum dos acusados confessou ter participado do crime. Ainda de acordo com o delegado, os dois policiais militares envolvidos no caso deverão ser julgados pela Justiça comum. “Devido a natureza do crime”, afirmou.
Polícia Militar. Em nota, o CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior) informou que está colaborando com a apuração das denúncias. “A Polícia Militar está contribuindo com as investigações e o Comando de Policiamento do Interior – 1 reafirma que não compactua com qualquer desvio de conduta. Diante evidências de participação, será instaurado processo na esfera administrativa”.
A PM confirmou que o sargento, na manhã de ontem, se entregou na Delegacia Seccional de Jacareí.
Entenda o caso
As investigações foram coordenadas pela Delegacia Seccional de Jacareí, que concluiu ontem inquérito sobre o caso.
A quadrilha seria formada por ao menos cinco pessoas. O grupo roubava carga de caminhões com carne e cerveja nas imediações da empresa Ambev, em Jacareí.
Em cumprimento de mandados de prisões temporárias realizado na última quarta-feira, também foram presos outros dois integrantes do grupo: um deles é ex-policial militar e foi expulso da corporação no ano passado. O quarto integrante já havia sido preso no ano passado, por roubo em Santa Isabel. Um quinto integrante do bando está com mandado de prisão temporária decretado, mas ainda não foi localizado. Será encaminhado à Justiça o pedido de prisão preventiva de todos os integrantes do grupo.
Investigação. Segundo o delegado seccional de Jacareí, Talis Prado Pinto, a carga roubada serviria para abastecer estabelecimentos comerciais instalados em nome dos familiares dos acusados. “Eles roubavam a carga fracionada: abordavam o motorista do caminhão e levavam apenas uma parte da mercadoria”, afirmou o delegado.
Reconhecimento. Para Prado Pinto, a apresentação do PM ontem foi uma manobra para evitar o reconhecimento das vítimas.
“Na quarta-feira, as vítimas estavam aqui e reconheceram o outro policial [o que foi expulso da PM em 2013 e preso anteontem]. Já o sargento, não encontrado naquele dia, acabou não passando pela verificação. O inquérito está concluso”.
O sargento, que chegou a ser procurado em sua casa na quarta-feira, não foi encontrado naquele dia porque se mudou. “Tivemos informações de que ele teria se mudado, ainda nesta semana”, disse o delegado. Ouvidos, nenhum dos acusados confessou ter participado do crime. Ainda de acordo com o delegado, os dois policiais militares envolvidos no caso deverão ser julgados pela Justiça comum. “Devido a natureza do crime”, afirmou.
Polícia Militar. Em nota, o CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior) informou que está colaborando com a apuração das denúncias. “A Polícia Militar está contribuindo com as investigações e o Comando de Policiamento do Interior – 1 reafirma que não compactua com qualquer desvio de conduta. Diante evidências de participação, será instaurado processo na esfera administrativa”.
A PM confirmou que o sargento, na manhã de ontem, se entregou na Delegacia Seccional de Jacareí.
Entenda o caso
QuadrilhaA Delegacia Seccional de Jacareí concluiu ontem inquérito sobre uma quadrilha de roubo de cargas que atuava nas imediações da Ambev
PresosCom pelo menos cinco integrantes, o bando teve dois de seus membros presos na última quarta-feira, sendo um deles ex-policial militar, expulso da corporação no ano passado. Ontem, outro sargento da PM se apresentou, alegando inocência, e também foi preso. Ele é suspeito de liderar o bando. Um quarto integrante está foragido e, um quinto foi preso em Santa Isabel em 2013
Carne e cerveja
Os ladrões roubavam frações de cargas de carne e cerveja. A Polícia Civil desconfia que a mercadoria era vendida em estabelecimentos comerciais de familiares do bando. A investigação do grupo vinha acontecendo há seis meses e foi iniciada por determinação do Ministério Público
Polícia MilitarSegundo o CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior), o PM seria levado ao presídio Romão Gomes, na Capital, ainda ontem
RM Vale tem aumento no número de casos
São José dos Campos
Balanço da Secretaria de Segurança Pública indica que houve um aumento de 25% no número de casos de roubos de carga na RMVale no ano passado em relação a 2012.
De acordo com as estatísticas da SSP, foram registrados em 2013 um total de 105 casos contra 84 ocorrências em 2012.
Somente no primeiro mês deste ano, já são 5 ocorrências de roubo de cargas.
Preferência. O trecho da Via Dutra entre Jacareí e Santa Branca é o ponto de preferência dos criminosos.
A RMVale está localizada entre duas das principais capitais do país e é cortada por rodovias como a Dutra, Carvalho Pinto e Dom Pedro 1º.
Mais de 50 mil veículos de carga trafegam diariamente pelo local, o que acaba atraindo a atenção dos criminosos.
Reforço. Por conta do aumento dos indicadores, em outubro do ano passado o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a criação de núcleos especializados no combate ao roubo de cargas nas unidades das DIGs (Delegacias de Investigações Gerais) de toda a região.
PresosCom pelo menos cinco integrantes, o bando teve dois de seus membros presos na última quarta-feira, sendo um deles ex-policial militar, expulso da corporação no ano passado. Ontem, outro sargento da PM se apresentou, alegando inocência, e também foi preso. Ele é suspeito de liderar o bando. Um quarto integrante está foragido e, um quinto foi preso em Santa Isabel em 2013
Carne e cerveja
Os ladrões roubavam frações de cargas de carne e cerveja. A Polícia Civil desconfia que a mercadoria era vendida em estabelecimentos comerciais de familiares do bando. A investigação do grupo vinha acontecendo há seis meses e foi iniciada por determinação do Ministério Público
Polícia MilitarSegundo o CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior), o PM seria levado ao presídio Romão Gomes, na Capital, ainda ontem
RM Vale tem aumento no número de casos
São José dos Campos
Balanço da Secretaria de Segurança Pública indica que houve um aumento de 25% no número de casos de roubos de carga na RMVale no ano passado em relação a 2012.
De acordo com as estatísticas da SSP, foram registrados em 2013 um total de 105 casos contra 84 ocorrências em 2012.
Somente no primeiro mês deste ano, já são 5 ocorrências de roubo de cargas.
Preferência. O trecho da Via Dutra entre Jacareí e Santa Branca é o ponto de preferência dos criminosos.
A RMVale está localizada entre duas das principais capitais do país e é cortada por rodovias como a Dutra, Carvalho Pinto e Dom Pedro 1º.
Mais de 50 mil veículos de carga trafegam diariamente pelo local, o que acaba atraindo a atenção dos criminosos.
Reforço. Por conta do aumento dos indicadores, em outubro do ano passado o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou a criação de núcleos especializados no combate ao roubo de cargas nas unidades das DIGs (Delegacias de Investigações Gerais) de toda a região.
Caroline LopesEspecial para O Vale
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21 de Março de 2014 - 09:30
Após vandalismo, Câmara de S. José amplia monitoramento
Obras de elevação do gradil que estão sendo realizadas emergencialmente na Câmara. Foto: Alan Collet
Medida foi anunciada ontem pela presidente da Casa e deve ser efetivada ainda este semestre; polícia procura imagens
A presidente da Câmara de São José dos Campos, Amélia Naomi (PT), divulgou ontem que vai ampliar o sistema de monitoramento por imagens em toda a sede do Legislativo até o fim deste semestre.
A expansão incluirá a instalação de equipamentos no prédio Franz de Castro Holzwarth, conhecido como anexo, onde três salas de lideranças de partido passaram por vandalismo na madrugada da última quarta-feira. O local alvo dos ataques é desprovido de vigilância eletrônica.
O número de câmeras atual não foi revelado por “questões de segurança”, segundo a assessoria de imprensa do Legislativo, em nota. A quantidade de novos equipamentos, depois do plano de ampliação, ainda será definida.
Segundo Amélia, será contratado o Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) para elaborar o projeto e até junho os novos equipamentos devem estar operando. “O prazo [até o final deste semestre] é suficiente para projetar, licitar e instalar”, afirmou a vereadora.
Enquanto isto, algumas medidas serão adotadas, a exemplo da elevação do gradil do viaduto ao lado do prédio anexo. “A gente já sabia que as grades eram curtas, mas não tínhamos percebido a gravidade ainda”, disse Amélia.
Vigias e guardas. Atualmente, entre quatro e cinco vigias por turno fazem a segurança na Casa de Leis joseense, com o reforço de dois guardas municipais de segunda a sexta-feira, em horário comercial.
“Vamos pedir para que a Guarda Municipal reforce as rondas nos arredores do anexo da Câmara”.
Naomi afirmou que a sede não possui alarmes nem há planos de que passe a contar com o dispositivo. “Outras medidas que estamos tomando serão suficientes.”
Vigilância. Os serviços de vigilância são executados pela empresa RCA, contratada por licitação até outubro próximo, com a qual a Câmara gasta R$ 82,5 mil mensais.
Filmadoras. Os equipamentos atuais monitoram a sede 24h, sendo que as imagens são gravadas e armazenadas por até uma semana. Por segurança, argumenta o Legislativo, em nota, “não se pode revelar a localização”.
Investigação. O delegado titular do 1º Distrito Policial de São José, Antonio Sérgio Pereira, pedirá apoio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da cidade para apuração.
“Vamos analisar as câmeras do COI (Centro de Operações Integradas) da prefeitura que estão na avenida onde fica o prédio.”
Os investigadores vão procurar imagens de estabelecimentos comerciais e empresariais dos arredores. Por enquanto, não há pistas sobre a identidade dos invasores.
Entenda o caso
A expansão incluirá a instalação de equipamentos no prédio Franz de Castro Holzwarth, conhecido como anexo, onde três salas de lideranças de partido passaram por vandalismo na madrugada da última quarta-feira. O local alvo dos ataques é desprovido de vigilância eletrônica.
O número de câmeras atual não foi revelado por “questões de segurança”, segundo a assessoria de imprensa do Legislativo, em nota. A quantidade de novos equipamentos, depois do plano de ampliação, ainda será definida.
Segundo Amélia, será contratado o Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) para elaborar o projeto e até junho os novos equipamentos devem estar operando. “O prazo [até o final deste semestre] é suficiente para projetar, licitar e instalar”, afirmou a vereadora.
Enquanto isto, algumas medidas serão adotadas, a exemplo da elevação do gradil do viaduto ao lado do prédio anexo. “A gente já sabia que as grades eram curtas, mas não tínhamos percebido a gravidade ainda”, disse Amélia.
Vigias e guardas. Atualmente, entre quatro e cinco vigias por turno fazem a segurança na Casa de Leis joseense, com o reforço de dois guardas municipais de segunda a sexta-feira, em horário comercial.
“Vamos pedir para que a Guarda Municipal reforce as rondas nos arredores do anexo da Câmara”.
Naomi afirmou que a sede não possui alarmes nem há planos de que passe a contar com o dispositivo. “Outras medidas que estamos tomando serão suficientes.”
Vigilância. Os serviços de vigilância são executados pela empresa RCA, contratada por licitação até outubro próximo, com a qual a Câmara gasta R$ 82,5 mil mensais.
Filmadoras. Os equipamentos atuais monitoram a sede 24h, sendo que as imagens são gravadas e armazenadas por até uma semana. Por segurança, argumenta o Legislativo, em nota, “não se pode revelar a localização”.
Investigação. O delegado titular do 1º Distrito Policial de São José, Antonio Sérgio Pereira, pedirá apoio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) da cidade para apuração.
“Vamos analisar as câmeras do COI (Centro de Operações Integradas) da prefeitura que estão na avenida onde fica o prédio.”
Os investigadores vão procurar imagens de estabelecimentos comerciais e empresariais dos arredores. Por enquanto, não há pistas sobre a identidade dos invasores.
Entenda o caso
AmpliaçãoA presidente da Câmara de São José, Amélia Naomi (PT), divulgou ontem que o sistema de monitoramento por imagens da Casa de Leis será ampliado até o final deste semestre
RespostaA medida é uma resposta ao ato de vandalismo da última quarta-feira, quando pessoas não identificadas invadiram prédio anexo ao central do Legislativo, picharam, jogaram tinta em cima das mesas e esparramaram café no chão do corredor, além de forçarem as portas, entre outros atos
InvestigaçãoO delegado responsável pela investigação, Antonio Sergio Pereira, titular do 1º Distrito Policial, pedirá apoio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) para fechar o caso. Câmeras do COI (Centro de Operações Integradas) da prefeitura serão analisadas
Vereadores cobram providências de Amélia
São José dos Campos
Vereadores cobraram da presidente da Câmara de São José, Amélia Naomi (PT), o reforço na segurança das instalações.
“O PSDB vai fazer requerimento solicitando providências urgentes. O que aconteceu é um absurdo. Os vigias aqui não andam armados. É preciso respaldo. Gastaram tanto dinheiro na TV Câmara. Por que não instalaram algumas filmadoras no anexo?”, disse a vereadora Dulce Rita (PSDB).
O parlamentar Cláudio Calasans Camargo (PRP) afirmou que pretende fazer o mesmo. “É preciso medidas urgentes. Há seis meses, levaram um notebook da sala de liderança de meu partido.”
Para ele, a estrutura atual no anexo é vulnerável. “É um setor bastante frágil. Vamos solicitar que providências sejam tomadas”, disse.
Além deste caso, a assessoria de imprensa da Câmara informou que, no início deste ano, outros dois notebooks foram furtados, mas o autor foi identificado por meio de imagens do sistema de segurança.
O presidente da Comissão Permanente de Direitos Humanos, Segurança e Cidadania da Casa, Macedo Bastos (DEM), não demonstrou preocupação com o caso. “Foi coisa de moleque”, afirmou o vereador, que é delegado de polícia.
RespostaA medida é uma resposta ao ato de vandalismo da última quarta-feira, quando pessoas não identificadas invadiram prédio anexo ao central do Legislativo, picharam, jogaram tinta em cima das mesas e esparramaram café no chão do corredor, além de forçarem as portas, entre outros atos
InvestigaçãoO delegado responsável pela investigação, Antonio Sergio Pereira, titular do 1º Distrito Policial, pedirá apoio da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) para fechar o caso. Câmeras do COI (Centro de Operações Integradas) da prefeitura serão analisadas
Vereadores cobram providências de Amélia
São José dos Campos
Vereadores cobraram da presidente da Câmara de São José, Amélia Naomi (PT), o reforço na segurança das instalações.
“O PSDB vai fazer requerimento solicitando providências urgentes. O que aconteceu é um absurdo. Os vigias aqui não andam armados. É preciso respaldo. Gastaram tanto dinheiro na TV Câmara. Por que não instalaram algumas filmadoras no anexo?”, disse a vereadora Dulce Rita (PSDB).
O parlamentar Cláudio Calasans Camargo (PRP) afirmou que pretende fazer o mesmo. “É preciso medidas urgentes. Há seis meses, levaram um notebook da sala de liderança de meu partido.”
Para ele, a estrutura atual no anexo é vulnerável. “É um setor bastante frágil. Vamos solicitar que providências sejam tomadas”, disse.
Além deste caso, a assessoria de imprensa da Câmara informou que, no início deste ano, outros dois notebooks foram furtados, mas o autor foi identificado por meio de imagens do sistema de segurança.
O presidente da Comissão Permanente de Direitos Humanos, Segurança e Cidadania da Casa, Macedo Bastos (DEM), não demonstrou preocupação com o caso. “Foi coisa de moleque”, afirmou o vereador, que é delegado de polícia.
Caroline LopesEspecial para O Vale
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21 de Março de 2014 - 06:30
Retirada de água da bacia do Paraíba tem reação em cadeia
Canoa no trecho do rio Paraíba que corta a zona norte de São José. Foto: Claudio Vieira
Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, eleva o tom das críticas à proposta de Alckmin para reforçar abastecimento na grande São Paulo; prefeituras e ambientalistas da RMVale cobram mais dados técnicos
A proposta de Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, de abastecer o Sistema Cantareira com água da represa de Jaguari, que faz parte da bacia do rio Paraíba do Sul, na região, provocou uma reação em cadeia contrária à ideia.
Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio de Janeiro, encabeça a fila de protestos, que conta ainda com ambientalistas, prefeitos e moradores da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.
Em sua conta no Twitter, o governador do Rio negou que tenha permitido a retirada de água do rio Paraíba do Sul e garantiu que não autorizará “qualquer projeto que prejudique o Estado”.
A preocupação é que a represa do Jaguari, que tem 1,1 bilhão de metros cúbicos de água, fique comprometida com o envio de água para o Sistema Cantareira, que enfrenta a pior seca dos últimos 80 anos.
Túnel. O projeto de Alckmin prevê a construção de um túnel de 15 quilômetros ligando a represa de Jaguari com o reservatório de Atibainha, em Nazaré Paulista, que faz parte do Sistema Cantareira.
Segundo o governador, a tubulação serviria como via de “mão dupla” para tirar ou levar água de uma represa para outra, em períodos de seca ou excesso de chuvas.
As obras estão orçadas em R$ 500 milhões e exigirão dois anos de trabalhos, incluindo o período de projeto e licitação. A Sabesp será a responsável pela construção da interligação.
Em reuniões hoje em Jacareí e Campos do Jordão, o governo Alckmin usará o conceito de “regra operativa” para convencer prefeitos e técnicos da região a apoiar o projeto. Pela proposta, Jaguari só cederá água quando o Sistema Cantareira cair a menos de 35% da capacidade total --hoje está em 14,9%.
Mas não há clareza sobre a quantidade mínima na capacidade da represa da região que brecará a passagem de água para Atibainha.
Na RMVale, especialistas no setor hídrico temem que a obra comprometa a represa de Jaguari e a bacia do Paraíba, responsável pelo abastecimento de 15 milhões de pessoas, sendo 10 milhões no Rio.
Capacidade. Segundo o engenheiro Luiz Roberto Barretti, vice-presidente do CBH-PS (Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul), o reservatório de Jaguari não costuma ficar com a sua capacidade máxima. Desde a criação da represa, na década de 1970, ela só verteu água duas vezes: quando encheu e em 2010, mesmo ano em que enchentes destruíram parte de São Luís do Paraitinga.
“O que pode acontecer é a obra ser apenas de mão única, com Jaguari fornecendo água para Cantareira, e nunca o contrário”, disse Juarez Vasconcelos, secretário de Meio Ambiente de Igaratá.
Para Barretti, faltam dados técnicos que mostrem os impactos a médio e longo prazos na bacia do rio Paraíba. “Jaguari pode se comprometer com a retirada dessa água”, disse.
Comunidade teme efeito sobre rio Paraíba
São José dos Campos
Pescador adora uma mentira. Mas na várzea do rio Paraíba, em São José, ninguém gostou do projeto do governador Geraldo Alckmin, que passou longe de ser encarado como papo de pescador.
Qualquer menção de mexer com o rio ou com as represas da região é criticada abertamente, sem cerimônia.
“Começa tirando água da represa e depois vai para o rio. Essa conversa é antiga, e não tem nada de papo de pescador”, disse o serralheiro José Carlos Cara, 55 anos, que pesca todos os dias no rio.
Para ele, os trechos rasos do rio são cada vez mais frequentes, o que pode ser um sinal de que “não se deve tirar água de jeito nenhum”.
Quem mora entre os bairros Vila Cristina e Fazenda Santa Cruz, na região norte, se depara com o rio Paraíba a menos de 2 metros de profundidade.
“Chega a ter 1 metro a 1 metro e meio. Não mais do que isso em vários trechos”, contou Cara.
Para o pescador Thiago Santos, 47 anos, também da região norte, a represa de Jaguari é “vital para o Paraíba”. “Sou contrário a tirar água dela. Vai deixar o rio mais seco”.
Alckmin convoca deputado do ValeO governador Geraldo Alckmin convocou ontem deputados do Vale do Paraíba para explicar o projeto de tirar água da represa do Jaguari e passar para o Sistema Cantareira. A conversa serviu para ganhar adeptos à ideia e evitar críticas ao projeto. Participaram quatro deputados, dois deles da região: Afonso Lobato (PV) e Hélio Nishimoto (PSDB).
Região discute ideia em dois eventosEdson Giriboni, secretário de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, vai a Jacareí hoje participar da 16ª edição do Encontro Regional do Comitê das Águas. Ele vai explicar o projeto do governo de ligar as represas de Jaguari e Atibainha. À tarde, o Codivap reúne prefeitos da região em Campos do Jordão para discutir a ideia. Técnicos da Sabesp também podem participar.
Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio de Janeiro, encabeça a fila de protestos, que conta ainda com ambientalistas, prefeitos e moradores da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.
Em sua conta no Twitter, o governador do Rio negou que tenha permitido a retirada de água do rio Paraíba do Sul e garantiu que não autorizará “qualquer projeto que prejudique o Estado”.
A preocupação é que a represa do Jaguari, que tem 1,1 bilhão de metros cúbicos de água, fique comprometida com o envio de água para o Sistema Cantareira, que enfrenta a pior seca dos últimos 80 anos.
Túnel. O projeto de Alckmin prevê a construção de um túnel de 15 quilômetros ligando a represa de Jaguari com o reservatório de Atibainha, em Nazaré Paulista, que faz parte do Sistema Cantareira.
Segundo o governador, a tubulação serviria como via de “mão dupla” para tirar ou levar água de uma represa para outra, em períodos de seca ou excesso de chuvas.
As obras estão orçadas em R$ 500 milhões e exigirão dois anos de trabalhos, incluindo o período de projeto e licitação. A Sabesp será a responsável pela construção da interligação.
Em reuniões hoje em Jacareí e Campos do Jordão, o governo Alckmin usará o conceito de “regra operativa” para convencer prefeitos e técnicos da região a apoiar o projeto. Pela proposta, Jaguari só cederá água quando o Sistema Cantareira cair a menos de 35% da capacidade total --hoje está em 14,9%.
Mas não há clareza sobre a quantidade mínima na capacidade da represa da região que brecará a passagem de água para Atibainha.
Na RMVale, especialistas no setor hídrico temem que a obra comprometa a represa de Jaguari e a bacia do Paraíba, responsável pelo abastecimento de 15 milhões de pessoas, sendo 10 milhões no Rio.
Capacidade. Segundo o engenheiro Luiz Roberto Barretti, vice-presidente do CBH-PS (Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul), o reservatório de Jaguari não costuma ficar com a sua capacidade máxima. Desde a criação da represa, na década de 1970, ela só verteu água duas vezes: quando encheu e em 2010, mesmo ano em que enchentes destruíram parte de São Luís do Paraitinga.
“O que pode acontecer é a obra ser apenas de mão única, com Jaguari fornecendo água para Cantareira, e nunca o contrário”, disse Juarez Vasconcelos, secretário de Meio Ambiente de Igaratá.
Para Barretti, faltam dados técnicos que mostrem os impactos a médio e longo prazos na bacia do rio Paraíba. “Jaguari pode se comprometer com a retirada dessa água”, disse.
Comunidade teme efeito sobre rio Paraíba
São José dos Campos
Pescador adora uma mentira. Mas na várzea do rio Paraíba, em São José, ninguém gostou do projeto do governador Geraldo Alckmin, que passou longe de ser encarado como papo de pescador.
Qualquer menção de mexer com o rio ou com as represas da região é criticada abertamente, sem cerimônia.
“Começa tirando água da represa e depois vai para o rio. Essa conversa é antiga, e não tem nada de papo de pescador”, disse o serralheiro José Carlos Cara, 55 anos, que pesca todos os dias no rio.
Para ele, os trechos rasos do rio são cada vez mais frequentes, o que pode ser um sinal de que “não se deve tirar água de jeito nenhum”.
Quem mora entre os bairros Vila Cristina e Fazenda Santa Cruz, na região norte, se depara com o rio Paraíba a menos de 2 metros de profundidade.
“Chega a ter 1 metro a 1 metro e meio. Não mais do que isso em vários trechos”, contou Cara.
Para o pescador Thiago Santos, 47 anos, também da região norte, a represa de Jaguari é “vital para o Paraíba”. “Sou contrário a tirar água dela. Vai deixar o rio mais seco”.
Alckmin convoca deputado do ValeO governador Geraldo Alckmin convocou ontem deputados do Vale do Paraíba para explicar o projeto de tirar água da represa do Jaguari e passar para o Sistema Cantareira. A conversa serviu para ganhar adeptos à ideia e evitar críticas ao projeto. Participaram quatro deputados, dois deles da região: Afonso Lobato (PV) e Hélio Nishimoto (PSDB).
Região discute ideia em dois eventosEdson Giriboni, secretário de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, vai a Jacareí hoje participar da 16ª edição do Encontro Regional do Comitê das Águas. Ele vai explicar o projeto do governo de ligar as represas de Jaguari e Atibainha. À tarde, o Codivap reúne prefeitos da região em Campos do Jordão para discutir a ideia. Técnicos da Sabesp também podem participar.
Xandu AlvesSão José dos Campos
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21 de Março de 2014 - 17:45
Presídios em greve no Vale recebem 100 presos
Caminhão com os presos aguarda para entrar no CDP de São José. Foto: Alan Collet
Policiais civis e unidades da Força Tática da PM foram empregados para garantir as transferências
Policiais civis e unidades da Força Tática Regional foram empregados ontem para garantir a transferência de cerca de 100 detentos para três unidades prisionais em greve na RMVale.
O maior número de transferências ocorreu no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José dos Campos, que recebeu 63 presos transferidos da Cadeia Pública de Caçapava. Estas transferências foram confirmadas, por meio de nota, pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária).
Apesar do comboio com os detentos ter chegado por volta de meio-dia ao CDP, até as 17h alguns deles ainda aguardavam, dentro do pátio, em caminhões da Secretaria a entrada no interior da unidade.
Outros 40 presos foram divididos em lotes de 20 e levados para a P-1 (Penitenciária Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra) de Tremembé e para a P-1 de Potim. O VALE apurou que a medida teria sido tomada para esvaziar as cadeias de Jacareí e Guaratinguetá.
Resistência. Em greve há 10 dias, os agentes penitenciários estavam enfrentando a Justiça, desobedecendo liminar que os proibia de recusar a receber novos presos e os obrigava a fazer o transporte deles para os Fóruns. “Não iríamos confrontar a Força Tática. Mas, durante duas horas, resistimos, sem violência, à entrada de mais 63 presos no CDP de São José”, afirmou Adair Apóstolo Evangelista, diretor do Sindasp (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo) em São José.
Segundo a SAP, “inicialmente ocorreu resistência [no CDP de São José], porém, após conversação, o desembarque foi dentro da normalidade”.
Superlotação. O agente penitenciário Giovanni Ricardo de Souza, do CDP de São José, está revoltado. “Argumentam que as cadeias estavam na capacidade máxima e nos obrigaram a receber mais detentos. Hoje[ONTEM], nosso CDP está ultrapassando a marca de 1.600 detentos, quando tem capacidade para 525. A gente pode segurar o rojão. Por que as delegacias e cadeias não?”.
Desde ontem, 1.651 presos ocupam a unidade.
Greve. A paralisação continuará na RMVale, mas as visitas deste final de semana estão mantidas.
Até agora, oito unidades aderem ao movimento. “O pessoal do Pemano (Presídio Edgard Magalhães Noronha) teve que voltar ao normal por causa da saidinha de Páscoa”, disse o coordenador regional do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), Estevão dos Santos Silva.
O maior número de transferências ocorreu no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José dos Campos, que recebeu 63 presos transferidos da Cadeia Pública de Caçapava. Estas transferências foram confirmadas, por meio de nota, pela SAP (Secretaria de Administração Penitenciária).
Apesar do comboio com os detentos ter chegado por volta de meio-dia ao CDP, até as 17h alguns deles ainda aguardavam, dentro do pátio, em caminhões da Secretaria a entrada no interior da unidade.
Outros 40 presos foram divididos em lotes de 20 e levados para a P-1 (Penitenciária Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra) de Tremembé e para a P-1 de Potim. O VALE apurou que a medida teria sido tomada para esvaziar as cadeias de Jacareí e Guaratinguetá.
Resistência. Em greve há 10 dias, os agentes penitenciários estavam enfrentando a Justiça, desobedecendo liminar que os proibia de recusar a receber novos presos e os obrigava a fazer o transporte deles para os Fóruns. “Não iríamos confrontar a Força Tática. Mas, durante duas horas, resistimos, sem violência, à entrada de mais 63 presos no CDP de São José”, afirmou Adair Apóstolo Evangelista, diretor do Sindasp (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo) em São José.
Segundo a SAP, “inicialmente ocorreu resistência [no CDP de São José], porém, após conversação, o desembarque foi dentro da normalidade”.
Superlotação. O agente penitenciário Giovanni Ricardo de Souza, do CDP de São José, está revoltado. “Argumentam que as cadeias estavam na capacidade máxima e nos obrigaram a receber mais detentos. Hoje[ONTEM], nosso CDP está ultrapassando a marca de 1.600 detentos, quando tem capacidade para 525. A gente pode segurar o rojão. Por que as delegacias e cadeias não?”.
Desde ontem, 1.651 presos ocupam a unidade.
Greve. A paralisação continuará na RMVale, mas as visitas deste final de semana estão mantidas.
Até agora, oito unidades aderem ao movimento. “O pessoal do Pemano (Presídio Edgard Magalhães Noronha) teve que voltar ao normal por causa da saidinha de Páscoa”, disse o coordenador regional do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), Estevão dos Santos Silva.
Entenda o caso
PressãoA SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) requisitou a Força Tática da Polícia Militar para introduzir cerca de 100 presos em três unidades prisionais da região.
Sem violênciaOs agentes resistiram por certo tempo, sem violência, mas acabaram permitindo a entrada dos detentos. Em greve há dez dias, eles vinham desobedecendo ordem judicial para retomar o recebimento e o transporte de presos.
SuperlotaçãoCom a medida, agravou-se a superlotação nas unidades. O CDP de São José dos Campos, criado para comportar 525 internos, passou a contar com 1.651. Em Potim 1, onde cabem 844, os presos somam cerca de 1.750. Já na Penitenciária 1 de Tremembé, para 1.258 pessoas, estão cerca de 1.670.
Região tem 62 foragidos
Taubaté
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou ontem que, dos 1.817 presos que foram beneficiados pela saída temporária de Páscoa antecipada, 62 não retornaram nas unidades da região.
O benefício foi adiantado e o prazo limite de retorno foi na última terça-feira.
Do Pemano (Centro de Progressão, Dr. Edgar Magalhães Noronha), de Tremembé, saíram 1.557 presos e 60 não retornaram. Já da P-2 (Penitenciária Dr. José Augusto Salgado) de Tremembé, os 160 detentos beneficiados retornaram. Na unidade feminina 2 de Tremembé, 100 presas foram contemplas e duas não retornaram. Durante o ano, os presos têm direito a cinco saídas temporárias.
A concessão do benefício foi antecipada em função da proximidade da Páscoa com o Dia das Mães este ano. A saída temporária não pode ser concedida em um prazo inferior a 30 dias.
Caroline Lopes
Especial para O Vale Sem violênciaOs agentes resistiram por certo tempo, sem violência, mas acabaram permitindo a entrada dos detentos. Em greve há dez dias, eles vinham desobedecendo ordem judicial para retomar o recebimento e o transporte de presos.
SuperlotaçãoCom a medida, agravou-se a superlotação nas unidades. O CDP de São José dos Campos, criado para comportar 525 internos, passou a contar com 1.651. Em Potim 1, onde cabem 844, os presos somam cerca de 1.750. Já na Penitenciária 1 de Tremembé, para 1.258 pessoas, estão cerca de 1.670.
Região tem 62 foragidos
Taubaté
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou ontem que, dos 1.817 presos que foram beneficiados pela saída temporária de Páscoa antecipada, 62 não retornaram nas unidades da região.
O benefício foi adiantado e o prazo limite de retorno foi na última terça-feira.
Do Pemano (Centro de Progressão, Dr. Edgar Magalhães Noronha), de Tremembé, saíram 1.557 presos e 60 não retornaram. Já da P-2 (Penitenciária Dr. José Augusto Salgado) de Tremembé, os 160 detentos beneficiados retornaram. Na unidade feminina 2 de Tremembé, 100 presas foram contemplas e duas não retornaram. Durante o ano, os presos têm direito a cinco saídas temporárias.
A concessão do benefício foi antecipada em função da proximidade da Páscoa com o Dia das Mães este ano. A saída temporária não pode ser concedida em um prazo inferior a 30 dias.
Caroline Lopes
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