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Vítima virou culpada, diz fotógrafo que perdeu olho e não foi indenizado
Justiça negou indenização a fotógrafo que ficou cego após disparo da PM.
Sérgio Andrade da Silva disse estar 'indignado e muito triste' com decisão.
O fotógrafo Sérgio Andrade da Silva, que ficou cego de um olho após ter sido ferido pela Polícia Militar (PM) em uma manifestação no Centro de São Paulo em junho de 2013, disse estar "indignado e muito triste" com a decisão da Justiça de negar o seu pedido de indenização por danos morais e físicos por conta da lesão. Para ele, o juiz "transformou a vítima em culpado".
Silva trabalhava na cobertura de um protesto quando foi atingido no olho esquerdo por uma bala de borracha disparada pela PM. O juiz Olavo Zampol Junior determinou improcedente o pedido de indenização por não considerar o Estado culpado pela violência que o fotógrafo sofreu.
"Já esperava que o juiz fizesse isso. Até porque ele é funcionário do Estado, então ele não vai decidir contra o seu patrão. Infelizmente é assim que funciona", disse Silva. Segundo ele, a decisão teve viés exclusivamente político. "Não pensou no meu estado físico e no que realmente aconteceu comigo." Ele disse que vai recorrer.
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O juiz Zampol alegou que o fotógrafo assumiu os riscos de seu ofício “ao se colocar entre os manifestantes e a polícia”. O magistrado considerou Silva como o responsável pelo ferimento que o deixou cego: “Culpa exclusiva do autor ao se colocar na linha de confronto”.
Para Silva, o que a Justiça fez foi "transformar a vítima em culpado". Ele comparou o seu caso ao do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, que morreu após ser atingido por um rojão disparado por um manifestante no Rio de Janeiro. "Curioso porque foi a mesma situação de conflito social, só que quem feriu foi um cidadão comum. O juiz de lá não culpou ele pela própria morte só porque foi um civil [que atirou]."
Ao fim da decisão judicial, proferida mais de três anos após o incidente, Zampol ainda afirmou não estar sendo “insensível ao drama” e disse que os profissionais da imprensa sabem que devem se prevenir. "A imprensa quando faz coberturas jornalísticas de situações de risco sabe que deve tomar precauções, justamente para evitar ser de alguma forma atingida."
Segundo o fotógrafo, esta foi a segunda decisão negativa que recebeu do poder Judiciário. Poucos meses depois de ter sido ferido, o advogado dele entrou com um pedido de antecipação de tutela para que o Estado arcasse com o tratamento médico. O pedido também acabou indeferido e, naquele caso, não cabia recurso.
"Trabalhava como freelancer, então não tinha convênio, não tinha nada. Todos os custos eu gastei do meu bolso. Para o estado não é muito dinheiro, mas para mim foi", lembrou Silva. De acordo com ele, a quantia não passava de R$ 4 mil reais. "Era uma grande mixaria para o Estado. Para mim, que sou de família pobre e estou batalhando na vida, me quebrou."
Histórico
No dia 14 de junho de 2013, Sérgio Andrade da Silva cobria um ato contra o aumento na tarifa dos transportes. O protesto começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo.
No dia 14 de junho de 2013, Sérgio Andrade da Silva cobria um ato contra o aumento na tarifa dos transportes. O protesto começou por volta das 17h em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo.
Além de Sérgio, sete repórteres do jornal "Folha de S.Paulo" foram atingidos no protesto, entre eles Giuliana Vallone e Fábio Braga, que levaram tiros de bala de borracha no rosto. Um cinegrafista foi atingido com spray de pimenta também no rosto por um policial.
Os manifestantes, cerca de 5 mil segundo estimou a PM à época, usavam máscaras e narizes de palhaço. “Não aguentamos mais sermos explorados”, dizia uma das faixas. A Cavalaria da PM uniu-se ao Choque na Rua Maria Antônia, onde começaram os confrontos. A Universidade Mackenzie, que fica na esquina, fechou as portas.
Segundo o major da PM Lídio, o acordo era para que os manifestantes não subissem em direção à avenida Paulista, o que não foi cumprido. “Se não é para cumprir acordo, aguentem os resultados”, disse à impresa na ocasião.
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Conta de água levou polícia a achar armas usadas em ataque a Protege
Nove suspeitos foram presos e tiveram a prisão preventiva decretada.
Polícia investiga envolvimento de alguém que conhecia rotina da empresa.
Uma conta de água levou a polícia a um arsenal de fuzis e outras armas que teriam sido usadas no ataque de criminosos contra a sede da empresa de transporte de valores Protege, em Santo André, no ABC, na madrugada de quarta-feira (17). Nove suspeitos foram presos e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Segundo a polícia, pelo menos outras três pessoas já foram identificadas.
A conta de água foi encontrada em um carro que estava em uma chácara em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, onde a polícia prendeu os suspeitos depois de interceptar ligações telefônicas de um traficante que teria ligado para um dos bandidos. O endereço contido na conta de água levou a polícia a uma casa na Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo. "Encontramos 90% das armas escondidas nesta casa", diz o delegado Rui Ferraz Fontes, do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc)
A polícia investiga quem teria passado informações aos bandidos. "Eles tiveram informações internas. Alguém com conhecimento a respeito da rotina da empresa, não sei se é funcionário ou não, que está passando informações para eles."
A quadrilha desistiu do assalto após algumas explosões no local. De acordo com a polícia, uma das razões para a desistência foi a reação dos vigilantes. "O outro motivo, se eu declinar, eu ensino alguém a comer crimes."
Foram apreendidos pelo menos 25 fuzis, sendo dois deles de calibre .50 - arma que pode atingir alvos a mais de seis quilômetros de distância. Também foram apreendidas nove pistolas automáticas, uma granada, 50 carregadores com munições vindas de Israel, 18 coletes à prova de bala, sendo que um deles tinha um símbolo do governo de São Paulo, e cabos pra acionar explosivos. Há a suspeita que parte do armamento tenha vindo do exército de Israel.
O grupo foi indiciado por tentativas de roubo e latrocínio, organização criminosa e porte de arma. De acordo com a polícia, informalmente, já houve confissões. A idade dos nove suspeitos varia entre 20 e 30 anos. Parte deles têm passagem pela polícia.
Dois vigilantes da Protege ficaram feridos quando reagiram ao ataque. A troca de tiros durou cerca de 40 minutos. Os criminosos queimaram veículos que foram usados para bloquear vias e impedir a aproximação da polícia.
Durante a fuga da quadrilha houve perseguição da Polícia Militar (PM), mas ninguém foi preso no início da manhã de quarta-feira.
Sete criminosos foram presos pelo Denarc e dois pelo Deic. Os suspeitos foram identificados, após monitorarem um traficante."Em um dado momento alguns traficantes cruzaram com essa quadrilha que se especializou em atacar bases de transportadoras de valores e carros fortes", informou a polícia.
Durante a fuga da quadrilha houve perseguição da Polícia Militar (PM), mas ninguém foi preso no início da manhã de quarta-feira.
Sete criminosos foram presos pelo Denarc e dois pelo Deic. Os suspeitos foram identificados, após monitorarem um traficante."Em um dado momento alguns traficantes cruzaram com essa quadrilha que se especializou em atacar bases de transportadoras de valores e carros fortes", informou a polícia.
Após acompanhar a movimentação do traficante, o Denarc chegou até o sítio em Itapecerica da Serra, onde foram encontrados os suspeitos e parte do armamento.
Polícia Civil
“É certeza que esse armamento foi usado lá. É certeza, porque nós já temos, é uma quadrilha que a gente já , há tempos, monitorava e etc, e hoje, quando eles fizeram esse trabalho, nós já saímos atrás e conseguimos aí, pegar o fio da meada e já temos alguns presos, o Deic também já tem presos”, disse Youssef abou Chahin, delegado-geral. “Não tem como eles dizerem que não estavam na cena do crime, porque nós temos provas técnicas.”
A associação que representa as empresas de transporte de valores cobrou maior controle justamente sobre a circulação dessas armas de guerra. “Um fuzil é sempre uma arma perigosa, de pronto ataque, e que a resistência é mínima a esse tipo de fuzil, sobretudo, os vigilantes que usam 38, calibre 12, são armas inoperantes em relação a fuzil”, disse Marcos Paiva, presidente da Associação de Empresas de Transporte de Valores.
A saída que as empresas têm encontrado é deixar mais vigilantes na empresa durante a madrugada e fazer barreiras de segurança.
“É certeza que esse armamento foi usado lá. É certeza, porque nós já temos, é uma quadrilha que a gente já , há tempos, monitorava e etc, e hoje, quando eles fizeram esse trabalho, nós já saímos atrás e conseguimos aí, pegar o fio da meada e já temos alguns presos, o Deic também já tem presos”, disse Youssef abou Chahin, delegado-geral. “Não tem como eles dizerem que não estavam na cena do crime, porque nós temos provas técnicas.”
A associação que representa as empresas de transporte de valores cobrou maior controle justamente sobre a circulação dessas armas de guerra. “Um fuzil é sempre uma arma perigosa, de pronto ataque, e que a resistência é mínima a esse tipo de fuzil, sobretudo, os vigilantes que usam 38, calibre 12, são armas inoperantes em relação a fuzil”, disse Marcos Paiva, presidente da Associação de Empresas de Transporte de Valores.
A saída que as empresas têm encontrado é deixar mais vigilantes na empresa durante a madrugada e fazer barreiras de segurança.
Essa medida ajudou a impedir o roubo a Protege, na quarta-feira. Mais de dez seguranças combateram os criminosos usando revólveres calibre 38 e espingardas calibre 12.
Depois de meia hora tentando chegar ao cofre, e de tiroteio e explosões, os ladrões desistiram do roubo.
“O problema desse tipo de ação criminosa, que hoje é a mais preocupante expressão do crime no estado de São Paulo, é praticamente uma ação de terrorismo urbano, porque trabalham com dinamites, fuzis, grandes grupos, atacam de surpresa, causam um grande impacto na vida da população”, disse o coronel aposentado da PM José Vicente da Silva, especialista em segurança. “A diferença em relação à ação terrorista é que o terrorismo vai buscar vítimas. eles vão buscar dinheiro.”
A quadrilha encontrou mais resistência. Havia uma barreira com carros, estacionados em frente ao portão de ferro. Carros fortes estavam atravessados dentro do pátio.
Mesmo com a explosão, os ladrões não conseguiram chegar ao cofre. Depois de meia hora, eles desistiram do roubo e foram embora. A primeira equipe da polícia só chegou aqui dez minutos depois da fuga.
Depois de meia hora tentando chegar ao cofre, e de tiroteio e explosões, os ladrões desistiram do roubo.
“O problema desse tipo de ação criminosa, que hoje é a mais preocupante expressão do crime no estado de São Paulo, é praticamente uma ação de terrorismo urbano, porque trabalham com dinamites, fuzis, grandes grupos, atacam de surpresa, causam um grande impacto na vida da população”, disse o coronel aposentado da PM José Vicente da Silva, especialista em segurança. “A diferença em relação à ação terrorista é que o terrorismo vai buscar vítimas. eles vão buscar dinheiro.”
A quadrilha encontrou mais resistência. Havia uma barreira com carros, estacionados em frente ao portão de ferro. Carros fortes estavam atravessados dentro do pátio.
Mesmo com a explosão, os ladrões não conseguiram chegar ao cofre. Depois de meia hora, eles desistiram do roubo e foram embora. A primeira equipe da polícia só chegou aqui dez minutos depois da fuga.
Gabriela Gonçalves
Do G1 São Paulo@@@@@@@@@@@
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